sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Momento demanda cuidado aos que querem mudar de emprego

Passado o pior da crise, muita gente começa a tirar da gaveta os planos de trocar de emprego. Mas até que ponto o cenário está de fato propício para mudar? Agora, segundo o gerente da divisão de tecnologia da empresa de recrutamento Michael Page, Ricardo Basaglia, os executivos devem olhar os aspectos financeiro e de carreira no médio e longo prazo para determinar se encararão um processo de mudança, sobretudo diante de um quadro de incertezas. “O mundo é formado por ciclos, nada mais natural que as empresas passem por altos e baixos”, diz ele.
O especialista ainda afirma que as organizações estão revendo projetos, priorizado custos e se preparando para o que está por vir. Como a economia caminha para a recuperação, Basaglia acredita que agora é a oportunidade do profissional fazer as apostas certas e tentar distinguir quais são as empresas que devem ganhar mercado. “É importante avaliar de que forma elas vão se posicionar daqui para frente”, recomenda.
Fazer uma análise clara do que a nova empresa pode oferecer em termos de plano de carreira é fundamental, segundo o consultor. “Na área de TI existe uma série de profissionais que trocam de emprego seduzidos por uma oferta financeira no curto prazo melhor e depois ficam estagnados”, alerta Basaglia. “Vale a pena sair da zona de conforto agora e arriscar, mas com cautela e olhando se os ganhos podem se perpetuar no médio prazo”.
Já para o consultor de gestão e carreira Julio Sergio Cardozo, da Julio Sergio Cardozo & Associados, hoje o mercado vive um dilema: de um lado, executivos considerando novas oportunidades e salários mais altos; de outro, as organizações apostando em cortar custos também por meio da alta oferta de gestores em busca de recolocação. “As companhias continuam com escassez de talentos, mas não querem pagar pelo passe”, analisa.
Além disso, de acordo com o consultor, a tão falada retomada da economia ainda não aconteceu de fato e as perspectivas panorama continuam obscuras. “Minha dica é pé no chão, não acho que esse seja o momento de mudar de emprego”, aconselha Cardozo.

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